quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Despertar Espiritual

Estudo 17

1 Coríntios 12.1-11

Estamos vivendo mais um evento especial em nossa amada Igreja, chamado “Despertar Espiritual”, com pregações do Rev. Halley Franco Pereira, da Igreja Presbiteriana de Candeias, em Recife.

Providencialmente, estaremos estudando o mesmo tema do nosso “Despertar Espiritual” nos Grupos Familiares, pois Paulo chama a atenção da igreja de Corinto sobre o valor de agirmos na igreja de acordo com o mover do Espírito Santo, com os dons, serviços e realizações (v. 4 a 6).

De acordo com o Dicionário Grego de Taylor, a raiz dessas palavras significa:

KARISMA (dom, dote): São dons extraordinários que distinguem certos cristãos dando-lhes o poder de servir à igreja de Cristo, sendo esse poder e estes dons o resultado da graça divina nas suas almas.

DIAKONIA (serviços): Servo, servir, socorro, distribuição de comida.

EMERGÊ (realizações): Opero, operação, atividade de força e poder sobrenatural (eficaz).

Tudo isso foi dispensado (dado) à igreja como graça de Deus, com o único objetivo de capacitá-la para a grande Obra que Deus espera que façamos aqui na terra. Sem a ajuda do Espírito Santo a Obra de Deus não terá nenhum proveito, pois a Palavra de Deus diz, no v. 7 do texto que estamos estudando: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”.

Seria injusto da parte de Deus confiar a nós uma missão tão árdua, principalmente nos dias tão difíceis em que vivemos, e tirar da igreja a capacitação sobrenatural para realizá-la, pois o homem sozinho, sem a ajuda de Deus, nada pode fazer.

Tudo que Deus dá é bom, nada deve ser recusado; o que devemos recusar é a manifestação do velho homem, de idolatria e de incredulidade (v. 2).

Deus espera que Sua Igreja continue agindo de maneira plena, com todo o corpo em pleno funcionamento, como se espera de um corpo saudável.

Todos os dons são úteis e necessários ao bom funcionamento e desempenho da igreja. Os falsos dons não devem gerar em nós uma rejeição pelos autênticos, pois assim podemos rejeitar o verdadeiro, incorrendo num erro grave diante de Deus. Nessa hora, a prudência e o discernimento espiritual são profundamente necessários para não nos encontrarmos lutando contra Deus. Ore e peça discernimento ao Senhor. A obra que não é de Deus por si só se acabará, não prosperará.

Paulo, o Apóstolo, depois de relacionar 9 dons (vv. 8 a 10) para a igreja de Corinto, diz: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas essas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um individualmente”.

Deus é soberano e distribui como lhe apraz. Quem somos nós para rejeitarmos aquilo que Deus soberanamente faz! Cabe a nós agradecermos a Deus o Seu inefável dom em Cristo Jesus, por meio do Seu Espírito, que age hoje soberanamente em nós, Sua Igreja.

Ser sensível a Deus, vivendo Seu propósito para nós como parte do Corpo de Cristo e exercendo pela fé os dons e talentos que Ele nos deu, é o melhor que podemos fazer como servos de Cristo que somos.

Que Deus nos dê a graça de nos encontrarmos agindo assim em sua gloriosa vinda, ou quando Ele nos chamar. Amém.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

1. Sobre o assunto dos dons espirituais, o que Deus não deseja que sejamos? (1 Co 12.1)
2. Antes de nossa conversão por quem éramos guiados? (1 Co 12.2) Comente sua experiência.
3. O que significa chamar Jesus de Senhor? (1 Co 12.3)
4. Veja novamente, na Palavra Pastoral, a explicação para os termos dons, serviços e realizações.
5. Os dons são necessários para os dias de hoje? (1 Co 12.8-10)
6. Devemos, ou não, procurar os dons? (1 Co 12.11,31; 14.1)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Ceia e o Nosso Compromisso como Corpo de Cristo

Grupo Familiar - Estudo 16

1 Coríntios 11.17-34

A Ceia do Senhor é o momento de fortalecimento coletivo do povo de Deus, entendendo que somos um só corpo com Cristo e profundamente comprometido com Ele no avanço do Seu Reino na terra.


Quem se fortalece deve se fortalecer para cumprir o Santo Propósito do Senhor Jesus; daí o cuidado de Paulo em orientar o povo na participação do sacramento.


Foi Jesus que transformou a Páscoa em Santa Ceia. A Páscoa foi a última refeição feita pelos judeus no Egito antes da saída para a liberdade. Essa comida representava o alimento necessário e suficiente para a santa peregrinação de vitória, e deveria ser sem fermento, ou seja, sem a doutrina errada dos outros povos. Deus deveria ser o único alimento e tempero para o povo da promessa.


No momento da comunhão com Seus discípulos Jesus transformou a ministração da Páscoa em Santa Ceia e, como sinal da Nova Aliança, estabeleceu o batismo, firmando-se assim os dois sacramentos oficiais das igrejas evangélicas.


Paulo repreendeu a igreja de Corinto por não levar muito a sério esse sacramento, participando levianamente, sem esperar os outros irmãos que participariam, e se excedendo tanto no comer como no beber ao ponto de se embriagarem com o vinho da Ceia; não estavam discernindo o propósito do sacramento e assim difamando o Evangelho de Jesus.


Paulo exorta a igreja por esse mau comportamento (v.17), fazendo ver que algumas doenças e até mesmo morte já tinham ocorrido por serem levianos para com a Ceia de Deus (v.30).


Deus ama o Seu Corpo, que é a Igreja, e deseja que tenhamos o mesmo sentimento.


Ore pelo seu irmão, aceite seu irmão mesmo tendo gosto diferente do seu, pois em Cristo somos uma unidade na adversidade. A beleza está na diversidade, na riqueza dos diferentes, que têm um só coração de amor e serviço para com Deus.


Que o Senhor nos faça entender e viver tal mistério em Sua Casa, para a glória de Deus. Amém.


PERGUNTAS PARA REFLEXÃO
1. O que entristecia o coração de Paulo na vivência da igreja de Corinto? (1 Co 11.17-18)
2. Por que Paulo diz: “é bom (importa) que haja partidos”? (1 Co 11.19)
3. Quem deve participar da Ceia do Senhor?
4. O que quer dizer “sem discernir o corpo”? (1 Co 11.29)
5. Quem deve julgar os que participam da Ceia do Senhor? (1 Co 11.28,31)
6. A seu ver, disciplina é algo benéfico para a igreja? (1 Co 11.32)
7. O que a Ceia representa para você?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Uso do Véu na Igreja

Grupo Familiar - Estudo 15

1 Coríntios 11.1-16

O texto bíblico em nossa sequência de estudos na Epístola de 1 Coríntios fala de dois assuntos: o uso do véu na igreja e instruções de como devemos participar da Ceia do Senhor.


Hoje nos deteremos na primeira parte: “o véu e o seu uso na igreja de Cristo”.


Paulo louva a Deus pelos irmãos de Corinto, pela confiança e credibilidade que eles depositavam em seu ministério, pedindo conselhos sobre assuntos polêmicos e difíceis de serem tratados, como o uso do véu (v.2).


Paulo mostra que o uso do véu é um símbolo dentro da cultura de sua época para revelar um princípio de autoridade (v.10). O assunto central é sobre quem tem autoridade espiritual de orar e profetizar.


Deus trabalha por meio de hierarquias estabelecidas por Ele mesmo, onde “Cristo é o cabeça de todo homem, e o homem é o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo” (1 Co 11.3).


Jesus compartilhou a Sua autoridade para Seus discípulos; o homem, portanto, está diretamente debaixo da autoridade de Cristo como Senhor da Igreja. A mulher, segundo esse princípio de Deus, deve agir debaixo da autoridade do homem e, como sinal dessa delegação dentro da cultura da época, deveria usar o véu. Elas usavam para demonstrar que agiam debaixo da autoridade de um líder varão.


Somos, portanto, um corpo hierárquico diante de Deus, e não devemos atropelar esse princípio.


Paulo mostra também que o cabelo da mulher lhe foi dado em lugar de mantilha (pequeno véu) (v.15). Deus, com relação à mulher, já lhe proporcionou naturalmente pelo cabelo um sinal glorioso de distinção, diante inclusive dos anjos (v.10).


Outro fato que Paulo explica é que esse assunto não deve ser motivo de contendas (v.16).


A Bíblia de Genebra, em seu comentário de rodapé nesse texto em questão, lembra que “Paulo não diz que esse costume de usar o véu deve ser seguido em todos os lugares e em todos os tempos”.


Creio que a lição maior aqui é que as mulheres devam agir, sim, debaixo da autoridade dos homens que Deus levantou sobre suas vidas, e os homens devem agir, sim, debaixo da autoridade de Cristo como cabeça da Igreja, para que haja harmonia, paz e bom desempenho na Obra que Deus nos confiou como Corpo Vivo de Cristo na terra.


Que Deus nos dê a graça de assim vivermos.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO
1. Por quais motivos Paulo, mais uma vez, louva os coríntios? (1 Co 11.2)
2. O que Paulo deseja que a igreja saiba? (1 Co 11.3)
3. A quem Deus cobra a autoridade delegada? (Gn 3.8-9)
4. Por que o homem não precisa usar véu? (1 Co 11.7)
5. O que o versículo 10 de 1 Coríntios 11 está afirmando?
6. O que o versículo 15 de 1 Coríntios 11 está revelando?
7. Devemos brigar por isso? (1 Co 11.16)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Uma Vida Inteira na Presença de Deus

Grupo Familiar - Estudo 14

1 Coríntios 10.14-22

Deus não divide Sua glória com ninguém. Ele, e somente Ele, é suficiente para o Seu povo. Deus é Deus zeloso, bom, supridor, restaurador e único. O homem não precisa recorrer a mais nada para ser satisfeito e pleno em seu espírito. Por outro lado, Deus não reparte Sua glória com ninguém; qualquer coisa que roube a glória devida somente a Ele é idolatria.


Paulo revela o cuidado que devemos ter, como crentes no Senhor Jesus, para não sermos idólatras. Ele diz: “Fugi da idolatria.” (v.14). Na história de Israel quase todo sofrimento estava ligado a um tipo de idolatria praticada pelo povo. Hoje, muitos idolatram o dinheiro, sua própria imagem (narcisismo), outros idolatram os animais. Até a Lei brasileira tem esses equívocos, pois se um caçador for flagrado matando um animal da nossa fauna será preso sem direito a fiança, enquanto milhares de jovens têm suas vidas ceifadas e quase nada se faz para diminuir tal incidência.


Tudo que temos e somos foi dado pelo Senhor; a Ele, pois, é devida toda a glória, amor e serviço.


Vejamos alguns aspectos:
- A comunhão com Deus foi comprada somente por Jesus com Seu sangue (v.16a).
- O pão que partimos representa a comunhão que temos no Corpo único de Cristo (v.16b,17).
- Um corpo não pode ter duas personalidades: somos do Senhor e não dos demônios. Sendo assim, quem é idólatra estará servindo a demônios (v.20).
- Uma vida dividida é uma vida morna, nem é quente nem é fria, e, se permanecer assim, Deus a vomitará (AP 3.16).
- Quando falo de “uma vida inteira...” falo de integridade, falo de consagração total e exclusiva a Deus como Senhor.
- Um soldado não luta em dois exércitos, pois se agir assim será considerado traidor de ambos.
- Como admitir um cristão participar da Casa de Deus e frequentar o Espiritismo? Confiar em horóscopo ou cartomante? Acreditar em crendices populares, renegando a Revelação Bíblica do Senhor?


Todos deveriam pertencer somente ao Senhor pela criação, e hoje somos do Senhor pelo resgate em Cristo Jesus. A ele, e somente a Ele, toda glória, louvor, honra e serviço cristão.


Que Deus nos dê a graça de sermos encontrados assim.


PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

1. O que é para você IDOLATRIA?

2. Que postura eu devo ter com relação à idolatria? (1 Co 10.14)

3. Como igreja, participamos de um único Pão. Que Pão é esse? (1 Co 10.16-17)

4. A idolatria está ligada a que? (1 Co 10.19-20)

5. Veja a explicação do salmista sobre idolatria: Salmo 115.1-11.

6. Veja o que a Lei diz a respeito da idolatria: Êxodo 20.4-6.